terça-feira, 13 de outubro de 2009

Pudera eu...

Fazer a vida virar um conto de fadas, com todos os jardins, o meu príncipe encantado, um vestido deslumbrante, um sapato de cristal que se encaixe perfeitamente aos meus pés, e nada de se preocupar com o que tem por vir.
Ou então, transformar a vida em um filme, ou quem sabe uma novela, onde apenas os bons ganham méritos, onde eu encontraria o homem certo e perfeito pra mim e mesmo depois de muita luta eu o ter em minhas mãos, um casamento no final com tudo que possa ter direito, e enfim um final feliz.
Pudera eu fazer com que as palavras não afetassem tanto as atitudes e os sentimentos das pessoas, fazer todas as pessoas tornarem mais sinceras, mais humildes! Fazer tudo enfim mudar e aceitar que o mundo é melhor de verdade, aceitar que tudo pode ser como os bons pensam, que meus filhos poderão andar nas ruas sozinhos sem que eu me preocupe, fazer com que minha filha não sofra nas mãos das pessoas desonestas, na mão da vida.
Tão inocente, e tão vívida, essa nossa vida! Ah que bom seria se pudéssemos criar nosso próprio mundo e decidir o que é bom ou não.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Preferível esquecer, a que se debater!

Juro que preferia esquecer tudo isso ao que debater com os meus pensamentos.
Muitas vezes cai gota
por gota, mostrando o sofrimento que as lembranças podem trazer, maldita gravidade que contribui pra todas essas gotas descerem e me desperarem mais ainda.
Creio que todas as pessoas que se deparam com o sofrimento, assim que ele se concretiza, o maior sentimento é o medo, o desespero, de estar sofrendo e saber que nada vale as lágrimas que escorrem no rosto, ou toda a angústia que aperta o coração. Vejo que todas
as vezes que sofri com a sensação de ver descendo pelo rosto as gotas mais amargas e dolorosas foram muita das vezes influenciadas pelo desespero de passar pela mesma situação inúmeras vezes!
Exatamente por isso que é de melhor tom esquecer do que se desesperar.
As lembranças são mais amargas que as lágrimas, e elas vêm juntas, pra definitivamente derrubar quem passa pelo sofrimento, e além delas, se encaixa a saudade de viver as lembranças, e ainda a impotência de resolver algo, ou poder lutar pelo o que se quer, que na verdade é poder voltar e parar o tempo. O que se torna cada vez mais impossível, e assim acarreta a esperança de deixar tudo pra trás e parar de tentar reviver algo que apenas o é inesquecível!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Todo dia..

Eu encontro uma nova Ana dentro de mim, e a cada instante uma nova Carolina.
Meus pensamentos andam bem mutáveis, menos paciente, mais receptiva, menos pra baixo, mais realizada, menos completa, mais madura.
Maturidade, acho que é essa a palavra certa, acho que não estou só crescendo em tempo e também a minha cabeça evolui a cada dia que passa, sinto que tenho minhas responsabilidades estão sendo dobradas a cada dia que passa e percebo que mais e mais estou chegando perto do que eu sempre esperei e do que eu sempre temi, a grande hora de construir uma vida individual! Tenho que tomar iniciativas que não sei de onde começar, talvez por estudar uma hora a mais por dia, ou talvez pensar um segundo a mais antes de falar, prestar atenção nas minhas virtudes e nos meus cargos que a vida impõe a cada fração de tempo que se passa. Hoje eu percebo que a vida passa mesmo muito rápido, quando você menos espera já não há mais tempo pra respirar e transpirar como antes, todas as atividades se acumulam de uma forma mais aglomerada a medida que o tempo passa, e o tempo não pára, e eu constantemente atrás dele.
Atrás de cada canto de um passarinho que seja, atrás de cada noite perdida em mágoas, atrás de cada tarde que se passou como um tufão, atrás da minha próxima manhã, atrás do Sol, atrás de mais vida!
Quero correr atrás cada vez mais do que eu necessito pra viver, e cada vez mais perceber que foi um dia rápido, mas produtivo! Quanto mais o tempo passa, mais se percebe que não adianta estar vivo e não viver, não adianta estar na chuva e não se molhar, não adianta por a mão no fogo e não se queimar.